A injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI, na sigla em inglês) é um tratamento de reprodução assistida de alta complexidade. Ela é considerada a principal solução para casos de infertilidade masculina grave, alcançando taxas de sucesso superiores à da fertilização in vitro (FIV) convencional. Mas o que diferencia os dois procedimentos? E onde realizar uma ICSI em Caxias do Sul, RS?
Essas e outras questões foram respondidas neste artigo. Continue a leitura e esclareça, definitivamente, suas dúvidas!
Como funciona o tratamento de fertilidade por ICSI?
Na ICSI, a paciente passa pelas mesmas etapas de uma FIV convencional. A diferença se dá a nível laboratorial, pois em vez de os espermatozoides serem colocados ao redor do(s) óvulo(s), eles são injetados diretamente no(s) óvulo(s).
Assim, tudo começa com o processo de indução da ovulação (com gonadotrofinas), sempre com o acompanhamento ultrassonográfico. Isso é necessário para precisar o ápice da ovulação e, dessa maneira, obter a máxima quantidade de óvulos viáveis.
Em cada óvulo, insere-se um único espermatozoide, previamente analisado. No dia seguinte às injeções, observa-se se os óvulos foram fecundados. No melhor dos cenários, a taxa de fertilização pós-ICSI pode chegar a 100%.
De três a cinco dias depois, os embriões gerados são, enfim, transferidos para o útero. Em 10 dias, aproximadamente, realiza-se o teste para confirmar a gestação. Já em pacientes que preferirem adiar a gestação, os embriões são congelados e a transferência realizada em outro momento.
Quais são as vantagens da ICSI
A principal vantagem da ICSI em comparação à FIV é a “otimização” dos espermatozoides. Enquanto na FIV são necessários milhares de espermatozoides, a ICSI se mostra como uma alternativa em casos de material genético limitado.
Nesse tipo de técnica, a coleta do espermatozoide é feita diretamente no testículo ou no epidídimo por meio de uma punção ou microdissecção testicular. Depois, o material passa por uma análise, com o objetivo de selecionar o(s) espermatozoide(s) de melhor qualidade.
Para quem esse tipo de procedimento é indicado?
Atualmente, a ICSI é feita em, praticamente, todos os casais. Antes, ela era é indicada, preferencialmente, para pacientes cujos outros tratamentos de reprodução assistida não foram bem sucedidos. Por exemplo, no caso de uma falha de FIV em ciclo anterior.
A técnica também costumava ser indicada para casos de infertilidade masculina severa, comprovada por meio de alterações no espermograma (o qual permite avaliar a quantidade, motilidade e morfologia dos espermatozoides) e outros exames. É o que ocorre com pacientes com:
espermatozoides de baixa qualidade, como em quem tem infertilidade devido à varicocele;
número muito baixo (oligozoospermia) ou ausência completa de espermatozoides (azoospermia obstrutiva ou secretora) no sêmen, mas que podem ser retirados, cirurgicamente, dos testículos ou dos epidídimos;
ejaculação retrógrada;
vasectomia ou cirurgia para remoção da próstata;
trauma prévio na medula espinhal;
problemas de ereção e ejaculação.
Mas como já foi mencionado, hoje em dia é muito raro fazer a FIV. A ICSI é o tratamento preferencial para a imensa maioria dos casais.
A maior vantagem da ICSI frente à FIV é o fato de o procedimento não ser afetado pelo trinômio quantidade, motilidade e morfologia nos parâmetros seminais. Mas ainda assim, busca-se escolher o melhor espermatozoide entre os disponíveis. Para isso, o embriologista analisa suas características e, depois, faz a extração com o uso de um aparelho de precisão, chamado micromanipulador de gametas.
Graças aos alcances da ICSI, nos últimos tempos, até homens com alterações seminais graves têm a possibilidade de formar uma família a partir do seu material genético. Com a técnica, mesmo que o(s) espermatozoide(s) selecionado(s) apresente(m) baixa motilidade, por ser(em) inserido(s) diretamente no(s) óvulo(s), as chances de a fecundação ocorrer são bem maiores. Se não existisse a ICSI, a única opção seria recorrer a um banco de sêmen.
A ICSI é indicada em tratamentos com sêmen congelado?
A ICSI é uma técnica bastante recomendada para tratamentos de fertilização com espermatozoides criopreservados. É o caso, por exemplo, de homens que optaram por preservar sua fertilidade antes de iniciar um tratamento oncológico (rádio ou quimioterapia).
Como as amostras congeladas são limitadas, a otimização possibilitada pela ICSI é muito valiosa. Mas onde realizar uma ICSI?
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Independentemente da causa da infertilidade ser em decorrência do fator masculino, uma coisa é certa: a chance da ICSI, assim como de qualquer técnica de reprodução assistida dar certo, é maior em mulheres mais jovens, principalmente, até 35 anos de idade. Por isso, não demore para buscar ajuda.
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