Nos últimos anos, acompanhamos avanços notáveis no campo da Medicina Reprodutiva, especialmente quando se trata de tratamentos para infertilidade feminina.
Hoje, mais do que nunca, é possível realizar o sonho da maternidade graças à eficácia de diversas técnicas de Reprodução Assistida.
Nesse cenário de promissoras descobertas médicas, é fundamental compreender as causas relacionadas à infertilidade feminina, que precisam ser avaliadas na individualidade de cada mulher.
Neste artigo, exploraremos as diversas razões por trás da infertilidade feminina, desde questões hormonais até fatores anatômicos, e como os procedimentos médicos sofisticados têm se revelado eficazes no tratamento dessas condições especiais e delicadas.
Entendendo as causas primárias da infertilidade feminina
Se o casal está tentando engravidar sem sucesso por pelo menos um ano, com relações sexuais frequentes e sem o uso de métodos contraceptivos, é hora de investigar o que realmente está acontecendo.
No caso do diagnóstico da infertilidade feminina, é preciso investigar as causas antes de qualquer tratamento ser indicado.
Entre as causas mais comuns, destacamos as seguintes situações:
Gravidez tardia
O relógio biológico da mulher não para. Ela nasce com um número específico de óvulos, o qual decai gradativamente com o passar dos anos.
Quando a mulher alcança os 35 anos, a dificuldade para engravidar fica ainda mais evidente, pois a produção de óvulos cai não apenas em quantidade, mas em qualidade.
Por isso, a probabilidade de uma gravidez tardia por vias naturais é menor em mulheres acima desta idade.
Dificuldades na ovulação ou problemas nas tubas uterinas
Problemas de aderência, dilatação e obstrução das tubas uterinas causam a infertilidade em mulheres.
A ovulação com gametas de baixa qualidade é um quadro que também pode impedir uma gravidez saudável, uma vez que o estágio de fecundação não completa o seu ciclo.
Existem ainda os casos de anovulação, onde a mulher não ovula.
É importante que a mulher examine o seu aparelho reprodutor em sua integridade para definir um tratamento para infertilidade que tenha mais chances de ter sucesso.
Quadros de endometriose
A endometriose envolve o crescimento benigno do tecido do endométrio na superfície exterior ao útero, o que causa uma inflamação na região.
O quadro pode se desenvolver nos ovários, vagina, peritônio e Trompas de Falópio, impossibilitando a gestação, sem mencionar que a condição também afeta outros órgãos não reprodutivos, causando problemas de saúde e bem-estar na mulher.
Não é por acaso que a endometriose é frequentemente apontada como uma das principais causas de infertilidade feminina.
Leia mais: Tratamento para endometriose: o que é importante entender
Quadros de ovários policísticos (SOP)
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma condição que leva ao aparecimento de cistos nos ovários, que na verdade são folículos, mas comumente chamados de cistos, e é desencadeada por um desequilíbrio hormonal.
Suas causas são multifatoriais, desde a origem genética até a resistência à insulina no organismo da mulher.
Menstruação irregular e aumento na produção de hormônios masculinos estão entre os sintomas da síndrome, que aparece ao lado da endometriose no ranking de causas principais da infertilidade feminina.
Qualidade de vida precária ou inadequada para suportar uma gravidez
O organismo da mulher precisa estar preparado para conduzir uma gestação saudável e hábitos diários que são nocivos acabam enfraquecendo o aparelho reprodutor feminino.
O tabagismo, o consumo frequente de bebidas alcoólicas e a má alimentação são alguns desses hábitos.
Distúrbios emocionais, como a ansiedade e o estresse, também têm o seu peso em uma gravidez, sendo essas condições associadas ou não ao uso de medicamentos.
A obesidade e a anorexia são outros quadros de saúde associados com a infertilidade feminina.
Quais são os tratamentos para infertilidade feminina?
Existem vários caminhos no tratamento para infertilidade feminina e a decisão deve ser tomada por ela, em conjunto com seu parceiro e médico especialista em reprodução.
Entre as opções, destacamos os seguintes tratamentos:
Coito Programado
Esse tratamento envolve o monitoramento do ciclo menstrual da mulher, geralmente por exames de ultrassonografia transvaginal e testes de ovulação. A qualidade do esperma também deve ser examinada.
É uma técnica de Reprodução Assistida menos complexa e invasiva que resulta em uma gravidez natural.
Quando se detecta o período fértil, o casal é orientado a ter relações sexuais. Esse método é indicado para casos de problemas ovulatórios, como a Síndrome dos Ovários Policísticos e para gestações tardias.
Ovodoação
Esse tratamento para infertilidade envolve o uso de óvulos doados por uma mulher saudável.
Os óvulos doados são fertilizados com o esperma do parceiro da receptora e os embriões resultantes dessa união biológica são transferidos para o útero da mulher que receberá o bebê.
A partir daí, a receptora conduz a gravidez no seu próprio organismo, com acompanhamento de uma clínica de Reprodução Assistida até o final do primeiro trimestre.
É uma opção em casos de gravidez tardia, em que já não temos óvulos de boa qualidade, e de falência ovariana.
A FIV
A FIV se caracteriza pelo estímulo ovariano para produzir vários óvulos, que são então coletados e fertilizados em laboratório com os espermatozoides do parceiro ou de um doador.
Várias amostras são geradas e o embrião mais saudável será transferido para o sistema reprodutor da mulher.
É um tratamento eficaz para vários quadros de infertilidade, incluindo:
- Bloqueios tubários;
- Endometriose;
- Gametas masculinos de baixa qualidade;
- Gravidez tardia;
- Ovulação irregular ou falência ovariana;
- Produção independente;
- Gestação para casais homoafetivos;
- Distúrbios hormonais e genéticos.
A FIV também é indicada em casos de último recurso para casais que realizaram sem sucesso outros procedimentos de Reprodução Assistida ou em casos de infertilidade conjugal sem causa aparente.
Cada tratamento precisa ser escolhido com base na causa da infertilidade e nas necessidades específicas do casal.
Saiba mais: Fertilização in Vitro: tudo o que você precisa saber
Como escolher o tratamento para infertilidade feminina?
Muitos fatores devem ser considerados antes de tomar uma decisão, pois cada mulher tem um sistema reprodutor único, e o mesmo vale para sua condição hormonal.
Além disso, o sistema reprodutor masculino também deve ser avaliado no momento de escolher um método. É imprescindível que o casal realize todos os exames e siga as recomendações médicas feitas a partir dos resultados.
Os tratamentos para infertilidade feminina têm altas chances de resultarem em uma gestação saudável, com desenvolvimento fetal adequado e sem colocar a mãe em risco.
Esses tratamentos precisam ser individualizados e conduzidos por profissionais qualificados e experientes.
É isso que a Effetto Clínica de Reprodução Humana tem para oferecer, desde o diagnóstico inicial até o acompanhamento gestacional inicial.
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