Já falamos no blog anterior sobre quem tem indicação de fazer este tratamento, e aqui vamos conversar sobre como fazer. Neste texto vamos falar de pacientes que vão realizar o tratamento de forma eletiva, ou seja, não vamos estar falando de pacientes que estão com câncer (sobre estes casos escrevemos no início do mês do outubro rosa). Isso porque em pacientes oncológicas as coisas funcionam de forma diferente.
Bem, inicialmente a paciente precisa realizar um check up de alguns aspectos importantes relacionados à fertilidade, que irão nos dar um bom substrato para poder realizar o tratamento de forma mais individualizada e mais eficaz possível. Solicitamos exames para ver como está o ovário e a saúde em geral, porque queremos obter os óvulos mais saudáveis que conseguirmos.
Após a avaliação e individualização, damos início ao tratamento propriamente dito. Nele realizamos a indução da ovulação com medicações injetáveis (são injeções subcutâneas, de fácil aplicação) por um período médio de 12 dias, para que dois dias depois possamos coletar os óvulos sob anestesia, para armazenarmos o maior número possível através de uma moderna técnica chamada vitrificação. Para as mulheres que já tem o parceiro com o qual querem ter filhos, podemos já fertilizar o óvulo e criopreservar os embriões. A técnica de preservação de tecido ovariano é realizada em alguns grandes centros ao redor do mundo, mas ainda não utilizamos esta técnica por aqui.
Enfim, o tratamento para congelamento de óvulos ou embriões é relativamente rápido, com baixos riscos e funciona muito bem. Acreditamos que a decisão de criopreservar óvulos ou embriões pode tirar um grande peso que muitas mulheres carregam, como a pressa de encontrar aquela pessoa tão especial com quem compartilhar a vida e formar uma família, ou ter que optar por postergar uma formação acadêmica ou um trabalho importante por causa da idade e do desejo de ser mãe. Vivemos em uma era em que já podemos muito mais!
Saiba os detalhes do tratamento neste vídeo!