O ano de 2020 iniciou com o anuncio da OMS de uma pandemia causada por um novo coronavírus: o COVID 19. O número de infectados já passou de mais de 1 milhão de pessoas ao redor do mundo e inclui mais de 60 mil mortes. Equipes de saúde de todo o planeta estão buscando incessantemente por alternativas de tratamento e cura, mas ainda estamos longe de medidas mais definitivas.
Atualmente, a população busca formas de reduzir a velocidade de contagio, protegendo especialmente os grupos mais suscetíveis a quadros graves da doença como pessoas acima de 60 anos, portadores de doenças crônicas e agora mais recentemente, gestantes de alto risco e puérperas.
No momento atual, ainda estamos construindo conhecimento a respeito da ação e do impacto do vírus tanto em gestantes como em tentantes. A literatura vai gradativamente aumentando e, por vezes mudando, trazendo mais informações sobre o melhor manejo deste grupo de pacientes.
Em relação às gestantes, sabe-se que estas não são tão suscetíveis ao COVID-19 como eram ao H1N1. Mas, de qualquer forma se recomenda isolamento social como principal forma de prevenção e a gestante deverá ser afastada do trabalho caso seja classificada como gestação de alto risco.
Quanto às pacientes em processo de tratamento de reprodução assistida a principal recomendação é postergar a gestação, partindo para o congelamento tanto de óvulos quanto de embriões. Recomenda-se também que procedimentos de fertilização in vitro sejam realizados em situações de urgência ou mau prognóstico como pacientes oncológicas, de baixa reserva ovariana e de idade avançada, casos em que sabidamente postergar o tratamento pode comprometer de forma irreversível o potencial fértil do casal.
A individualização de cada paciente, como sempre em nossos atendimentos, tornou-se ainda mais importante no cenário atual.
A Dra. Francieli Vigo traz mais detalhes neste vídeo sobre o assunto.