Azoospermia é definida como a ausência de espermatozoides no sêmen. Mais de 2000 genes estão envolvidos com a espermatogênese, mas a fertilidade masculina é sabidamente multifatorial. Ela pode ser de causa obstrutiva, ou seja, há uma alteração que impede a drenagem dos espermatozoides para o ejaculado, ou não obstrutiva, quando realmente não há produção de espermatozoide.
Azoospermia não obstrutiva é causada pela produção inadequada de espermatozoides no ambiente intratesticular ou pela produção inadequada de hormônios que promovem a espermatogênese. Nestes casos, as alterações genéticas estão mais frequentemente presentes, participando de até 25% dos casos, logo a avaliação genética (cariótipo e pesquisa de microdeleçãodo cromossomoi Y) é fundamental.
Os casos de azoospermia obstrutiva se devem a processos obstrutivos tanto congênitos, como agenesia do canal deferente que acontece com bastante frequencia em pacientes com fibrose cística, quanto adquiridos, sendo a vasectomia o exemplo mais clássico.
Em ambos os casos, é possível tentar buscar os espermatozoides no local de produção, os testículos, através de procedimentos cirúrgicos. A chance de obtenção de espermatozoides viáveis para o processo de fertilização vai depender muito das avaliações de cada paciente, sendo que as melhores chances sempre são em casos de azoospermia obstrutiva.
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