A medicina reprodutiva está tentando, constantemente, melhorar as taxas de sucesso de gestação por meio de novas tecnologias e novos protocolos.
O DuoStim é uma dessas alternativas. Na Effetto, ele já faz parte da rotina e está trazendo melhores respostas aos estímulos ovarianos — quando indicado.
Neste artigo, a Dra. Carla Schmitz Vigo, especialista em reprodução assistida e diretora da clínica, falou sobre as indicações e vantagens do procedimento.
Para conhecê-lo, continue a leitura!
O que é o DuoStim?
DuoStim, ou dupla estimulação, consiste na realização de duas estimulações foliculares, seguidas de duas coletas de óvulos, em fases diferentes do mesmo ciclo menstrual.
“Na verdade, o DuoStim nada mais é do que realizar um segundo tratamento de fertilização in vitro, o qual se inicia cinco dias depois da punção dos óvulos do primeiro", explica a médica.
Assim, o objetivo é utilizar duas fases distintas de formação de óvulos. Por isso, uma coleta de óvulos ocorre na fase folicular, a primeira, e outra coleta ocorre na fase lútea, em um segundo momento.
Esse protocolo vai ao encontro das evidências atuais, que mostram que o desenvolvimento folicular se dá em diferentes etapas do ciclo menstrual. Essa constatação superou o dogma anterior, no qual se acreditava que os folículos cresciam apenas na fase folicular.
"O DuoStim é feito para aproveitar mais do que uma 'onda' de óvulos a cada ciclo menstrual. Por meio dessa técnica, pode-se aproveitar uma segunda 'onda' de óvulos provenientes de um mesmo estímulo", completa.
Quais são as taxas de sucesso do protocolo?
“A literatura científica tem mostrado resultados muito promissores com essa técnica e a nossa experiência, aqui na Effetto, não é diferente.
Isso porque, a segunda onda de estímulo está proporcionando não somente uma quantidade maior de óvulos, mas, mais importante do que isso, óvulos com qualidade superior, os quais dão origem a embriões também de qualidade superior e, com isso, aumentam as chances de as pacientes conseguirem engravidar”, destaca Dra. Carla.
Na clínica, há excelentes resultados decorrentes do DuoStim. "Por essa razão, somos entusiastas desse tratamento. Porém, é importante ressaltar que ele demanda mais tempo da paciente, pois ela terá que se submeter a um segundo tratamento, logo após o primeiro. Mesmo assim, nossa experiência mostra que a espera vale a pena", complementa.
Como fica a normalização da menstruação após a coleta de óvulos?
É recomendado que a mulher repouse após o procedimento de punção folicular para que o organismo se adapte às variações hormonais que ocorrem durante o procedimento.
Dito isso, a normalização da menstruação após a coleta de óvulos varia de mulher para mulher.
Em alguns casos, a menstruação pode retornar ao seu padrão normal dentro de algumas semanas, enquanto outras podem experimentar irregularidades por um período maior.
Isso ocorre devido às flutuações hormonais associadas ao tratamento de coleta de óvulos e a fertilização in vitro.
É importante discutir qualquer preocupação com o especialista em reprodução humana.
Para quem a técnica de dupla estimulação é indicada?
O DuoStim é indicado para mulheres com baixa reserva ovariana. São elas as mais favorecidas por esse protocolo.
É o caso de pacientes:
• Com idade reprodutiva avançada ou baixa reserva ovariana devido a outros fatores;
• Que tiveram má resposta às estimulações ovarianas realizadas anteriormente;
• Que serão submetidas a algum tratamento (para o câncer ou outra doença) que poderá comprometer sua fertilidade.
Esse protocolo já faz parte da fertilização in vitro?
Sim, a implementação do DuoStim na fertilização in vitro (FIV) tem se mostrado cada vez mais comum. Ele permite um manejo mais eficiente de pacientes com histórico de mau prognóstico em tratamentos com FIV.
Assim, se existirem poucos óvulos maduros em uma primeira punção, o DuoStim é uma possibilidade altamente recomendada.
Mas, para isso, o uso de gonadotrofinas para estimular o crescimento dos folículos antrais passou a ser feito em dois momentos, no mesmo ciclo menstrual.
É importante ressaltar que a menstruação após a coleta de óvulos é normalizada em aproximadamente uma semana e os ciclos voltam à regularidade neste espaço temporal.
A paciente que opta por fazer o DuoStim precisa, necessariamente, fazer a criopreservação dos seus embriões. Isso porque, na data em que a transferência seria realizada, o novo tratamento está sendo iniciado.
Por isso, no DuoStim os embriões têm que ser, obrigatoriamente, congelados — o que não traz nenhum prejuízo. Na verdade, essa estratégia é vista como capaz de melhorar as taxas de gravidez!
Existe contraindicação para o DuoStim?
Não existe contraindicação para o DuoStim. A única diferença em relação à fertilização in vitro convencional, como já explicado, é a segunda estimulação, feita cinco dias após a primeira coleta de óvulos.
Devido à dificuldade de otimizar a produção de oócitos em pacientes que respondem mal ao estímulo ovariano, estão surgindo novos protocolos de estimulação não convencionais — entre eles, o DuoStim.
Até o momento, não há nenhuma evidência que questione sua segurança ou eficiência, tanto que ele vem sendo considerado a estratégia mais promissora para tratar pacientes com resultados abaixo da média na fertilização in vitro.
Onde realizar o DuoStim em Caxias do Sul?
O método DuoStim é realizado em centros de referência em reprodução assistida. Em Caxias do Sul, RS, ele pode ser feito na Clínica Effetto, com o objetivo de otimizar as chances de sucesso nos tratamentos.
Portanto, se você trabalha e/ou reside na região e está enfrentando dificuldades para engravidar, converse com a nossa equipe a respeito desse protocolo promissor!
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